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Relatório ‘Meninos Negros: finanças, futuro e trabalho’ aponta que 51,77% deles gostariam de ficar famosos ou se tornar influenciadores no futuro

Estudo realizado pelo Instituto PDH e PapodeHomem, com apoio do Pacto Global – Rede Brasil e CEERT e viabilização da Natura, se debruça sobre os anseios profissionais deste grupo Lançado em Genebra, durante o Fórum de Direitos Humanos e Empresas, a pesquisa revela ainda que 51,63% dos meninos negros sonham se tornar atletas de seu […]

Estudo realizado pelo Instituto PDH e PapodeHomem, com apoio do Pacto Global – Rede Brasil e CEERT e viabilização da Natura, se debruça sobre os anseios profissionais deste grupo

Lançado em Genebra, durante o Fórum de Direitos Humanos e Empresas, a pesquisa revela ainda que 51,63% dos meninos negros sonham se tornar atletas de seu esporte favorito

Genebra, 25 de novembro de 2024 – O sonho de se tornar um influenciador no futuro já ocupa as mentes de meninos negros. É o que revela o Relatório “Meninos Negros: finanças, futuro e trabalho’, realizado pelo Instituto PDH e PapodeHomem, com apoio do Pacto Global – Rede Brasil e CEERT e viabilização da Natura, lançado durante o Fórum de Direitos Humanos e Empresas, nesta segunda-feira. A pesquisa, feita com 1.435 meninos negros, se debruça sobre os anseios profissionais desses jovens, e questionou a eles se “gostariam de ficar famosos ou virar um influenciador no futuro”, ao que 51,77% dos meninos negros afirmam que sim. Neste grupo, 59,76% possuem uma renda familiar mensal que varia de R$1,00 a R$3.000,00, sendo ainda 25,71% das respostas concentrada na faixa de R$1,00 a R$1.000,00 e 34,05% entre R$1.001,00 e R$3.000,00, e 78,20% possuem idade entre 15 e 17 anos.

O esporte segue sendo a porta de esperança para a conquista da fama e ascensão social da juventude negra brasileira. Perguntados sobre “o quanto você concorda com as frases abaixo” – “Sonho ser um atleta profissional no meu esporte favorito”, 51,63% dos meninos afirmam que sim, 32,26% discordam em alguma proporção e 16,10% não concordam nem discordam. Ainda sobre esses meninos, 45,61% moram em “quebrada”, favela, comunidade ou em uma periferia urbana e 78,20% têm entre 15 e 17 anos.

“Olhar de forma interseccional para a juventude negra, especificamente sobre os sonhos e percepções destes meninos, é fundamental para o desenvolvimento de iniciativas, ações e até mesmo políticas públicas pautadas nas necessidades e urgências que esse grupo nos traz. A rede brasileira do Pacto Global se orgulha dessa parceria com o Instituto PDH e PapodeHomem, para dar visibilidade ao retrato daqueles que são os meninos de hoje e serão também futuras lideranças nas empresas e que precisarão trabalhar por um ambiente de equidade entre homens e mulheres nesses espaço”, aponta Gabriela Almeida, gerente executiva de Direitos Humanos do Pacto Global – Rede Brasil.

Segundo o relatório, 8 em cada 10 (81,32%) meninos negros querem aprender a lidar melhor com dinheiro e sua vida financeira no futuro e relataram que gostariam de receber aulas práticas ou orientação sobre o assunto. E 8 em cada 10 (83,48%) meninos negros responderam acreditar que irão ter sucesso financeiro na vida. Importante observar que, desse grupo de entrevistados, 78,46% afirmam (em alguma proporção) que possuem uma rede de apoio de pessoas em sua vida.

Ainda se perguntados se concordam com a frase “sinto que não tenho futuro”, 7 em cada 10

(73,37%) dos meninos negros terem respondido (em alguma proporção) que acreditam que terão futuro, 26,62% dos meninos não sabem ou não acreditam (em alguma medida) nessa possibilidade de transformação social. E ainda, do grupo de meninos negros que não sabem ou não acreditam que terão futuro, 83,25% entrevistados possuem entre 15 e 17 anos; 82,20% apenas estudam; 15,71% estudam e trabalham e 87,70% desses meninos estudam em escola pública. Sobre a faixa de renda deles: 9,95% de R$1,00 a R$500; 15,45% de R$501 a R$1.000,00 e 21,20%, de R$1.001,00 a R$2.000,00.

O Instituto PDH e PapodeHomem, é uma organização independente dedicada a promover debates transformadores e a construir soluções em torno de temas como masculinidades, diversidade, equidade interseccional e saúde mental. Atuando em múltiplas frentes — como pesquisas, documentários, workshops e eventos —, o instituto busca criar pontes para diálogos desafiadores e parceiros como o Pacto Global – Rede Brasil. Além da pesquisa, o instituto também é parceiro estratégico do Movimento Elas Lideram 2030, diretamente relacionado com ODS 5, da Organização das Nações Unidas (ONU), que visa alcançar a igualdade de gênero e empoderar as mulheres e meninas. Uma das iniciativas de destaque do PDH e PapodeHomem é o treinamento de lideranças masculinas em empresas que impulsionam projetos de equidade de gênero.

Um dos seus projetos mais significativos é o “Meninos: Sonhando os Homens do Futuro”, que se baseia em três pilares principais: uma pesquisa qualitativa e quantitativa que envolveu 11.000 pessoas, um documentário voltado para diferentes públicos e o programa educativo Meninos do Futuro. Esse projeto foca na criação de meninos, considerando suas vivências e os desafios de construir masculinidades saudáveis.

“Esse relatório é uma ferramenta fundamental para que sejam criadas políticas e ações eficazes para o desenvolvimento profissional de meninos negros e que os ajude a acreditar e construir um futuro com perspectivas mais amplas. Esses meninos precisam ser vistos e precisam saber que pessoas e instituições estão dispostas a cuidar deles. Nós, do Instituto PDH e PapodeHomem, enxergamos que essa parceria com o Pacto Global – Rede Brasil e com o CEERT é também uma maneira de fazer com que esses dados (e tantos outros ainda inéditos) cheguem a todos os cantos do Brasil e do mundo e influenciem ações em prol de meninos negros e que favoreçam a toda a sociedade”, explica Marina Moreira, gerente de operações, treinamento e pesquisa do Instituto PDH e PapodeHomem.

O Relatório “Meninos Negros: finanças, futuro e trabalho’ completo pode ser acessado no site oficial do Pacto Global – Rede Brasil.

Sobre o Pacto Global – Rede Brasil

Como uma iniciativa especial do Secretário-Geral da ONU, o Pacto Global das Nações Unidas é uma convocação para que as empresas de todo o mundo alinhem suas operações e estratégias a dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Lançado em 2000, o Pacto Global orienta e apoia a comunidade empresarial global no avanço das metas e valores da ONU por meio de práticas corporativas responsáveis. Com mais de 20 mil participantes distribuídos em 62 redes que cobrem 77 países, sendo a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo. Há ainda 5 Hubs em diferentes regiões do mundo e mais 14 gerentes regionais responsáveis pelo processo de implementação em mais 20 países. Para mais informações, siga @globalcompact nas mídias sociais e visite nosso website em www.unglobalcompact.org

O Pacto Global – Rede Brasil foi criado em 2003, e hoje é a segunda maior rede local do mundo, com mais de 2.000 participantes. Os mais de 60 projetos conduzidos no país abrangem, principalmente, os temas: Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação. Para mais informações, siga @pactoglobalonubr nas mídias sociais e visite nosso website em www.pactoglobal.org.br

Sobre Instituto PDH / PapodeHomem:

O Instituto PDH é o responsável pelo projeto PapodeHomem, dentre outras iniciativas. Realiza estudos e desenvolve treinamentos e tecnologias sociais em territórios como: masculinidades, diversidade, inclusão, equidade interseccional, diálogos com instituições e pessoas que pensam muito diferente da instituição, compaixão e saúde mental. O PapodeHomem é seu projeto mais conhecido, com foco no diálogo, desenvolvimento e transformação dos homens.

O Instituto atua na interseção dos campos de comunicação, educação e pesquisa — com 16 anos de experiência — e são os idealizadores e produtores dos documentários e pesquisas nacionais “Precisamos Falar com os Homens? Uma jornada pela equidade de gênero” (2016) e “O Silêncio dos Homens” (2019).

Foram membros do Comitê #ElesporElas da ONU Mulheres, são signatários dos Princípios de Empoderamento das Mulheres das Nações Unidas (WEPs) e membros da Coalizão Empresarial pelo Enfrentamento da Violência Contra Mulheres e Meninas. Hoje são, também, parceiros estratégicos na área de direitos humanos e do Movimento Elas Lideram 2030, do Pacto Global – Rede Brasil – Rede Brasil Brasil.

Sobre o CEERT

O Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades – CEERT – é uma organização da sociedade civil organizada, criada em 1990 com o objetivo de conjugar produção de conhecimento com programas de intervenção no campo das relações raciais e de gênero, buscando a promoção da igualdade de oportunidades e tratamento e a universalização do exercício da cidadania.

Constituído por uma equipe multidisciplinar de técnicos e pesquisadores oriundos de diversas áreas, o CEERT tem como atividades principais a produção de diagnósticos e conhecimento sobre relações étnico-raciais e de gênero, bem como a proposição de políticas e programas institucionais destinados à promoção da igualdade de oportunidades e tratamento.

Sobre a Natura

Fundada em 1969, a Natura é uma multinacional brasileira de higiene e cosmética. Conta com 2 milhões de consultoras na América Latina, sendo líder no setor de venda direta no Brasil. Foi a primeira companhia de capital aberto a receber a certificação de empresa B no mundo, em dezembro de 2014, o que reforça sua atuação transparente e sustentável nos aspectos social, ambiental e econômico. É também a primeira empresa brasileira a conquistar o selo “The Leaping Bunny”, concedido pela organização de proteção animal Cruelty Free International, em 2018, que atesta o compromisso da empresa com a não realização de testes em animais de seus produtos ou ingredientes. Com operações na Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, México, Peru e Malásia, os produtos da marca Natura podem ser adquiridos com as Consultoras, por meio do e-commerce, app Natura, nas lojas próprias ou nas franquias “Aqui tem Natura”. Para mais informações, visite www.natura.com.br ou acesse os perfis da empresa nas redes sociais: LinkedIn, Facebook e Instagram.