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Empresas e direitos LGBTQIAP+: diálogo e responsabilidade no centro das discussões durante o Fórum Regional de Empresas e Direitos Humanos 

A diversidade como pilar da cultura empresarial guiou o painel “Avanços e desafios: empresas e direitos LGBTQIAP+ no Brasil”, realizado no dia 9 de abril de 2025, na PUC-SP, como parte da programação do Fórum Regional de Empresas e Direitos Humanos. O encontro foi promovido pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os […]

A diversidade como pilar da cultura empresarial guiou o painel “Avanços e desafios: empresas e direitos LGBTQIAP+ no Brasil”, realizado no dia 9 de abril de 2025, na PUC-SP, como parte da programação do Fórum Regional de Empresas e Direitos Humanos. O encontro foi promovido pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), com apoio do Pacto Global – Rede Brasil e correalização da ANTRA — Associação Nacional de Travestis e Transexuais. 

O Fórum é um espaço de diálogo que reúne empresas, governos e sociedade civil para debater como o setor privado pode promover os direitos humanos. Nesta edição, cerca de 70 pessoas — entre representantes de empresas, governo, organizações da sociedade civil e titulares de direitos humanos — se reuniram para refletir sobre a relação entre direitos LGBTQIAP+ e o papel das empresas na promoção de ambientes mais justos, seguros e inclusivos. 

O painel trouxe à tona experiências concretas, desafios enfrentados e propostas de ação. Para Yara Canta, secretária de Juventude da ANTRA: 

“Discutir empregabilidade e o papel do setor privado significa enfrentar um dos principais pilares da exclusão social que atinge essa população, que é marcada por altos índices de desemprego, informalidade e violência institucional. Para a ANTRA, é fundamental que as empresas não apenas incluam pessoas LGBTQIA+ em seus quadros, mas que assumam responsabilidade ativa na construção de ambientes de trabalho seguros, respeitosos e com políticas internas voltadas à equidade e ao combate à discriminação.” 

Aline Lima, Head de DEI para a América Latina da Natura, também destacou o papel das empresas nesse avanço coletivo: 

“Os desafios sociais contemporâneos são complexos e, na Natura, acreditamos que, para solucioná-los, precisamos da mobilização conjunta entre governos, sociedade civil e empresas. Eventos como este são um símbolo dessa mobilização e da promoção de um espaço necessário de diálogo para avançarmos em causas tão importantes como diversidade, equidade e inclusão. Em relação às pessoas LGBTQIAP+, acreditamos que uma das maneiras em que o apoio das empresas se manifesta é oferecendo empregabilidade e condições igualitárias dentro das companhias.” 

Suellen Mascaro, especialista em Direitos Humanos e DE&I do Banco do Brasil, reforçou a importância de atuação em rede: 

“Valorizamos as discussões multiatores pois entendemos que cada qual deve agir dentro da sua esfera de influência, sempre atuando em rede, para enfrentarmos juntos os desafios relacionados a direitos humanos. E nós, do Banco do Brasil, queremos ser agentes de transformação para garantir que avançaremos sem deixar ninguém para trás.” 

Ana Flor Fernandes, do Pacto Global – Rede Brasil, encerrou destacando a potência de espaços de escuta e prática: 

“Esse é um espaço importante dentro do Fórum de Empresas e Direitos Humanos. Sobretudo porque garante o compartilhamento de casos práticos que permite às empresas compreenderem a relevância do alinhamento com o campo da Diversidade, Equidade e Inclusão. Todas as pessoas ganham quando ninguém fica para trás. Historicamente, a população LGBTQIAP+ tem falado sobre isso e nós precisamos fazer o exercício de ouvir para agir.” 

O painel reafirmou: não há futuro possível sem inclusão — e o setor empresarial tem um papel central nessa transformação.