Considerada uma das grandes soluções para se reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera, a disseminação de veículos elétricos ainda apresenta um desafio: a recuperação de suas baterias. Esgotado seu prazo de vida útil, elas passam a constituir um resíduo que deve ser descartado com cuidado – ou então reciclado, solução que possibilita a reutilização de suas matérias-primas, como o lítio e o cobalto.
Nesse sentido, a CPFL Energia está desenvolvendo o projeto Second Life, que tem a finalidade de estabelecer um modelo de negócios para as empresas que fabricam baterias destinadas a veículos elétricos. A ideia é diminuir os riscos ligados ao mercado de revenda desses veículos e, ao mesmo tempo, ampliar ao máximo a vida útil das baterias, mitigando os impactos ambientais decorrentes de seu descarte.
A iniciativa trata da questão por meio de duas abordagens. Uma delas é o desenvolvimento de soluções que permitam novas aplicações para as baterias utilizadas em veículos elétricos. A distribuidora de energia adquiriria essas baterias degradadas, utilizando-as para armazenamento de energia em subestações e campos eólicos. Outra é um estudo de reciclagem de baterias, a fim de garantir que aquelas que forem recicladas tenham seus componentes reutilizados ou descartados de forma correta.
A iniciativa integrou o Inova 2030, que é o programa de aceleração promovido pela Rede Brasil do Pacto Global.
O projeto está em fase de estudos e ensaios laboratoriais nas células degradadas das baterias, por meio dos quais irá se determinar quais são as melhores aplicações possíveis.