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Balanço: Fórum em Adis Abeba estimula fortalecimento das redes do Pacto Global

Realizado em Adis Abeba, Etiópia (África), de 9 a 13 de junho, o XII Fórum Anual de Redes Locais do Pacto Global apontou os rumos do crescimento do Pacto Global ao redor do mundo, destacou boas práticas locais e promoveu discussões sobre os desafios para o desenvolvimento sustentável.

Realizado em Adis Abeba, Etiópia (África), de 9 a 13 de junho, o XII Fórum Anual de Redes Locais do Pacto Global apontou os rumos do crescimento do Pacto Global ao redor do mundo, destacou boas práticas locais e promoveu discussões sobre os desafios para o desenvolvimento sustentável.
Com 38 redes locais presentes, a programação discutiu novas medidas de governança do Pacto Global do ONU e discutiu o papel do setor privado na definição da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.  Também foi lançado o Relatório de atividades das Redes Locais  2013, já disponível para download, que mostra os resultados alcançados localmente para a promoção da sustentabilidade corporativa no mundo.
Participação do Brasil
“Ao ser realizado em um país em desenvolvimento, com muitas carências, mas com um povo orgulhoso de si, o encontro foi emblemático. Foi importante capturar o ânimo dos etíopes para reforçar a importância da ação das redes do Pacto Global”, relata Jorge Soto, presidente da Rede Brasileira do Pacto Global e Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.
Segundo Soto, o encontro também destacou um novo modelo de engajamento das redes e das empresas nas iniciativas da ONU como continuidade à estratégia Arquitetos para um Mundo Melhor, lançada em 2013. A plataforma tem como lemas a ação, a colaboração e o coinvestimento de recursos, tempo e dedicação.
Também presentes no Fórum, Renata Seabra (Secretária Executiva da Rede Brasileira do Pacto Global) e Heloísa Covolan (Diretora do Comitê Brasileiro do Pacto Global e coordenadora de Responsabilidade Social na Itaipu Binacional) destacaram os desafios para o alcance da igualdade de gênero no painel “A colaboração com o setor privado no combate à desigualdade”.
Para Renata Seabra, “o principal papel da Rede é atuar como articulador entre os setores privado, público e sociedade civil, uma vez que temos 50% de empresas e 50% de organizações não-governamentais”. Segundo ela, a parceria no Brasil com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) também representa um avanço para as parcerias com diversos setores no país.

Heloísa Covolan apresentou o Prêmio WEPs Brasil 2014 – (Women’s Empowerment Principles), realizado pela Itaipu Binacional em parceria com a Rede Brasileira do Pacto Global e a ONU Mulheres/Brasil e outros 25 parceiros institucionais. A premiação reconheceu 20 organizações brasileiras pelo destaque na promoção da cultura da igualdade de gênero em seus ambientes internos e externos.
“Este é um exemplo de parceria entre diversas organizações que, em alinhamento com a plataforma ‘Arquitetos para um Mundo Melhor’, pode servir de modelo para empresas e Redes Locais do Pacto Global dos vários países presentes no evento”, afirmou Heloisa.
No dia 09, Heloísa e Lisângela Reis, de Furnas, participaram da Reunião Anual do Grupo de Trabalho de Direitos Humanos e Trabalho do Pacto Global, em que foram abordados os Princípios Orientadores de Direitos Humanos e Empresas, lançados pela ONU em 2012. Em sua participação, Heloisa reforçou, dentre os desafios em Direitos Humanos que as empresas precisam enfrentar com mais dedicação, o da promoção dos direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) e das minorias étnicas em sua estratégia de gestão.
Negócios e sustentabilidade no continente Africano
O Fórum deu início a uma série de eventos promovidos pelo Pacto Global e organizações parceiras – como Comissão Econômica da ONU para a África, Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), OCHA e WIPO. O objetivo foi promover o negócio responsável e estimular parcerias entre empresas, ONU, sociedade civil, governos e redes locais do Pacto Global para promover o desenvolvimento sustentável, com foco especial no continente Africano. Mais informações disponíveis no site do Global Compact, em inglês.
Acesse aqui a galeria de fotos do Global Compact.
Por Júlia Tavares, da Rede Brasileira do Pacto Global